segunda-feira, 15 de junho de 2009

3...2...1...Goaaaaaa

Cumpriamos mais uma vez, a saída dos Emirados devido à expiração do nosso visto. No entanto, escolheriamos desta vez, um destino um pouco mais longe, em concreto - região outrora colónia Portuguesa - Goa.
Aproveitando o 10 de junho, e com a permissão do nosso simpático Delegado, decidimos passar 5 dias e 4 noites naquela que seria, sem dúvida, uma das grandes aventuras das nossas vidas.
De pessoas amigas ouviamos maravilhas daquela terra, da história, da arquitectura, das praias, do custo de vida, entre muitas outras que passarei a citar ao longo deste post.
Apenas a uma semana de viajar, e por telefone, marcamos o nosso Hotel - Ronil Beach Resort, em Baga (norte de Goa), pela modesta quantia de apenas 16€/noite e bed and breakfast,incluído.
Este resort, foi nos indicado por um goês Daniel, que uns dias antes da viagem e pura das coincidências apareceu no escriório do Dubai e indicou-nos locais que seriam de paragem obrigatória em Goa.

A partida - Terça Feira, 9 Junho pelas 14h

De mala feita e mochila às costas, davamos entrada no aeroporto internacional do Dubai, para uma viagem de três horas, aproximadamente, pela Indian Airlines.
Eis que surge um problema gravíssimo...Após o check-in, e no controle dos passaportes, os àrabes repararam que o nosso visto tinha expirado no dia 5 junho de 2009 e sendo assim teriamos de pagar uma multa pelo Overstay nos Emirados, de 4 dias. Com apenas 12000 Indian Rupies no bolso, 200 euros, vimo-nos os três obrigados a pagar 100 euros de multa. Lindo...Bonito serviço!!!


3...2...1...Gooaaaaaaa


Chegamos ao aeroporto de Goa, por volta das 19he mal demos entrada, encontramos todos os funcionários de máscaras... Placards de aviso - Controlo de Gripe Suína. Havia um médico de serviço, que logo se prontificou a tirar a temperatura a todos os passageiros...36º. "Estou óptimo, pá!!!".
A distância do aeroporto ao Resort eram uns 44 Kms...toca a chamar um táxi, uma mini-hiace!!!
Pelo caminho, iamos vendo pouca coisa...A noite era escura, as estradas muito pouco iluminadas, recheadas de lombas e buracos, mas eis que conseguimos reparar os primeiros vestigios portugueses...os nomes das casas, tascas e restaurantes..."Flor do Campo", "Gajas Restaurante Bar", etc...Que alegria contagiante, que saudades de Portugal! Após quase uma hora de viagem a 60 km/h, chegamos ao nosso Resort, que por sinal era bastante bom...A julgar pelo preço é de admirar, não?
Rapidamente, pousamos as malas e fizemo-nos logo à estrada...grande jantarada no Tito's, acompanhando com umas kingfisher's (cerveja local) aproveitavamos bem o nosso primeiro dia de descanso.
Uma pequena informação para aqueles que não sabem...Goa em tempos era uma região, com paragem obrigatória da comunidade hippie dos anos 60's e 70's, pois era conhecida pela facilidade de se encontrar e consumir uma diversidade de drogas, sem quaisquer problemas e também pelas festas organizadas junto às praias.
Actualmente essa comunidade hippie desapareceu em grande percentagem, apesar de que por vezes podemos ver alguns passearem nas suas motas, com um ar descontraído e despreocupado...Momentos Zen!!! Pelas ruas de Goa, a qualquer hora do dia, há jovens nas ruas tentando vender substâncias ilegais, desde o haxixe, à cocaína, do LSD à branca, enfim!
Por falar em motas, aí está uma grande ideia que tivemos...Bem cedinho, logo pela manhã, alugamos uma scooter cada um, para 3 dias de loucura pela costa goesa...Vejam bem... Pela modesta quantia de 6€ os 3 dias, alugamos as scooters...Mais barato que isto não conheço outro lugar no mundo, que pratique estes preços tão vertiginosos.
E assim foi, partimos em direcção a Goa Velha, local outrora governado e catolicizado pelos portugueses até 1961. A igreja de S. Francisco de Xavier, a Sé e a Basílica ainda são locais frequentes de turistas de todo o mundo, peregrinos que de 10 em 10 anos se dirigem a Goa Velha para verem o corpo de S. Francisco de Xavier fora do túmulo...uhhhhh

Igreja S. Francisco de Xavier

Curioso, para além deste monumentos históricos com um especial sabor tuga, também as casas tinham essa particularidade ao nível da construção, lembrando muitas vezes as casas coloridas de algumas zonas interiores do nosso país.



Em goa, o manto é verde...transpira natureza, uma selva urbana...onde as vacas são sagradas e tresloucadas, que por vezes dão origem a acidentes nas estradas.
As paisagens são qualquer coisa de perder de vista, podendo-se aproveitar o grande pôr-do-sol sobre o grande Oceano Índico, no cimo da falésia na praia de Baga.

Momentos Kodak





...uma imagem vale mais que mil palavras...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Next Stage: "who knows..."

Para qualquer cidadão estrangeiro com visto de turista (30 dias) a viver e/ou trabalhar no dubai, deverá sair e entrar novamente nos emirados. Em virtude de tal acontecimento, e visto passar por esta situação chata, abandonei esta terra arábica e planeamos ir até Omã, mais precisamente Muscat.

27.03.2009 - Road trip: o'Man...


Aproveitando o fim de semana, arrancamos logo pela manhã, bem cedinho, ainda com a remela no olho, da noite anterior.



5 longas horas...140 km/h...e 35º graus à sombra.

A saída do Dubai foi um pouco estranha, pois iriamos deixar para trás, a monstruosidade e envergadura dos seus emblemáticos edifícios, para um contraste paisagístico rodeado de montanhas e montanhas...Por momentos, fez recordar as viagens que fazia quando era miúdo na estrada velha que ligava o Fundão ao Ninho do Açôr, uma pequena aldeia a 20 km de Castelo Branco, embora se registe algumas pequenas diferenças:

  • a estrada era aos "S's" e não se avistavam camelos
1º Checkpoint: com apenas uma hora e meia de viagem entramos no território de Oman. Mais uns carimbos/hieróglifos a juntar ao meu passaporte.

Após tratarmos da papelada toda correspondente à entrada em Oman...seguimos viagem com um nó no estômago...A fome apertava e era urgente parar no primeiro tasco que surgisse.

E assim foi...Paramos num restaurante/churrascaria/ snack bar, à face da estrada...Entramos, encostamo-nos a um canto, enquanto observavamos uns locais, a comer sem talheres... Com a mão direita, enrolavam o arroz em forma/tamanho de uma bola de ping-pong, e comiam.

Prático e simples...

Ementa do dia:

Chicken Byriani*
e
Arroz com uma asa de galinha


* Byriani - prato tipicamente indiano/paquistanês, servido com arroz, misturado com pedaços de carne, juntando algumas especiarias e muito picante.



Optei pelo "Chicken Byriani", que por sinal estava muito bem servido...Uma porção de arroz que transbordava o prato de sopa, e pelo meio pedaços de galinha. No final do almoço, pedimos a conta: 3 Omr(Omani Rial) que equivale a 30 dhs...Deu 2€ a cada um.


Passadas 4 horas de viagem chegamos ao nosso destino...Muscat - a capital de Omã.




Qaboos Bin Said - The Sultan of Oman


Uma cidade típicamente rural, com casas baixas, imensos espaços verdes, onde em qualquer jardim podia se encontrar vários C. Ronaldo, Messi, Villa, etc...que mostravam as suas habilidades futebolísticas. Aqui, o governante de Omã é denominado de Sultão, diferente do termo utilizado nos Emirados Árabes Unidos. A primeira paragem que fizemos foi a grande mesquita de Muscat, local gigante e em muito bom estado de conservação, onde na entrada principal se encontrava um guarda sentado, que nos proibui de entrar, pois estaria a decorrer as orações da tarde.




A segunda paragem, foi para visitar um antigo forte, construído por antigos navegadores portugueses, numa das passagens por esta terra. Azar, quando um guarda, também nos barrou a entrada, não sabendo este que, outrora o forte teria sido construído por tugas há 500 anos atrás. Depois de umas voltas a pé pela cidade, decidimos encontrar um local para pernoitar. Eis, que surge o Nasseem Hotel.

20 euros/noite

Muitos amigos davam as mãos, em sinal de amizade um pelo outro, passeando junto à marginal, os gatos esfomeados, vagueavam à procura de comida, junto dos restaurantes, o mercado ou sukh cheio de feirantes, e a pequena mesquita que fazia soar mais uma vez o adhan, às 18h30...isto é Muscat.

No dia seguinte, regressavamos ao Dubai.

Próxima saída dos EAU será realizada em junho...Destino, ainda desconhecido, apesar das ideias não faltarem...Bahrain, Yemen, Irão

...who knows...




P.S: Mike, a razão que levou ao despedimento do ex-treinador S.L.B. Toni , do Sharjah F.C. foi porque neste emirado o alcool não é permitido. Grande Abraço...Tankiyuuuu

terça-feira, 28 de abril de 2009

Corda ao pescoço

"A corda ao pescoço"

Hoje, acordamos num país
Colocamos à volta do pescoço a dita cuja
Vamos para o trabalho com a dita cuja
Almoçamos com a dita cuja
Ouvimos, em todo o lado esse maldito termo,
que incomoda meio mundo,
cuja expressão cansada de tantas vezes repetida ganha:
novas formas,
novos contornos
novos 'nós de marinheiro'.

O cheiro a sande de atum, já enjoa
uma nota só e abandonada
preenche um vazio na gaveta do quarto.
Por quantas vezes, já ouvimos dizer
"No poupar é que está o ganho"
as ditas 'colchas do tostão'
aguentam agora o pesar de um corpo
com a dita cuja

...corda ao pescoço...

Faço minhas as palavras de um paquistanês, que outrora, afirmou: "Dubai is money!!!"
Isto poderá ter várias maneiras de interpretação. Numa primeira leitura poderemos dizer que o dubai auto-intitula-se como uma potência exponencial de crescimento.
Mas, pouca gente saberá que, quando bateu a crise por estes lados, quem viria a suportar este pesadelo seria um emirado vizinho: Abu Dhabi, a capital dos EAU, detentora de 94% das reservas de petróleo, o mais 'rico' dos emirados.
Imaginem esta situação acontecer num país como Portugal, onde teriamos Lisboa (Sócrates), ajudando o Norte do País.(Rui Rio)


A segunda leitura que eu faço desta sábia exclamação, é que a maioria das pessoas que vem para o Dubai, é para ganhar dinheiro, pouco ou muito, a oferta ainda é vigente.
Tomemos o exemplo dos filipinos, indianos e paquistaneses, a sociedade escravatizada...Aqueles cuja pele se confunde com a areia do deserto, os lenços que cobrem o rosto que outrora sorria por saber que arranjou trabalho no Dubai, as carrinhas sujas que os trazem e levam aos dormitórios, situados no meio do deserto, onde ficam alojados...tudo ao monte e fé em Alá, sem condições rigorosamente algumas...a temperaturas completamente hostis.

- E quem ganha com isto?

Os locais, que enriquecem os bolsos com as estruturas metálicas que percorrem a cidade.
Onde estão os Direitos do Homem?
E, os europeus e americanos, que aproveitam este emirado como 'Land of Opportunitites', para enraizarem seus negócios, e colocarem bastante ao bolso...tax free, meus amigos.


A terceira, e última leitura é o caso de um estagiário a viver no Dubai, que com o dinheiro que resta, tenta gerir as suas contas agora para os próximos dois meses intensos.
Muitos estagiários, deste programa INOV, espalhados pelo mundo e na mesma situação, apertam agora os cordões à bolsa, pois não irão receber o mês referente a junho, pois já foi pago antecipadamente em Janeiro.
Mas viver com uma nota no bolso, como no tempo do Rui Veloso, nem para cigarros, nem bilhar... se sobrevive no Dubai.

Al Salam.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dinner in the Sky

E julgava eu, muito antes de poisar, que 6 meses iria custar:

...viver num país islâmico...

...olhar para mulheres tapadas...
...trabalhar e não poder desfrutar...
Num àpice, 3 meses passaram e a sensação de estranheza desapareceu. O hábito agora, é mesmo cumprimentar o Hammad, local, e "dono" de 2 dromedários que vendendo-se por 50 dhs permitem às crianças, pais e avós desfrutar de um belo passeio de 15 minutos pelas areias da praia de 'JBR' - Jumeirah Beach Residence'.
Apesar de ver camelos na praia, isso não incomoda muito...O que incomoda é ver "Dinner in the sky".

Um novo conceito de jantar que oferece a todos aqueles que não receiam alturas...Por apenas 250 dhs, ou seja, 50 € poderão ter a oportunidade de um belo jantar numa plataforma içada a 50 metros de altura, equipada de uma cozinha central, com dois chefs, uma bela poltrona individual, um cinto de segurança e uma vista sobre a praia de JBR e Palm Jumeirah.

Dinner in the sky

Enfim, o que é que falta inventarem aqui???

Agradeço a visita de um grande casal, amigos Carolina e Miguel pela sua vinda ao Emirado do Dubai que, sem dúvida, proporcionaram novas aventuras por esta virgem cidade cosmopolita e o update das novidades da minha terrinha Gaia City.

Obrigado pela companhia, pelo jantar de despedida, e um "até já"...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Virgem cidade cosmopolita


Dubai, a virgem cidade cosmopolita esperando alcançar o seu auge aproximadamente daqui a uns 10-15 anos, revertendo a mentalidade daqueles que um dia julgariam que seria eternamente enraízada como uma simples e modesta vila pescatória.

Das restantes cidades limítrofes, ainda restam vestígios daquilo que foi e que, ainda por força de alguns se mantém ainda tradicional, pintando um simples quadro com "cores arábicas". Portanto para todos aqueles que pensam que Emirados Árabes Unidos é apenas retratado por uma imagem de um hotel 7 estrelas ou por uma gigante torre de 800 m, ou até um shopping que alberga no seu interior um "oceanário" autêntico, está redondamente enganado...nos Emirados ainda se pode encontrar muito mais para além disso.


Sendo assim, e como recompensa por estes dois meses aqui passados, recebemos o convite para participar na "Grande Reportagem" da SIC... É verdade caríssimos leitores, não é todos os dias que podemos receber em nossa casa duas grandes celebridades da televisão portuguesa, Miriam Alves jornalista galardoada pela "Grande Reportagem" em " O Balneário" e Jorge Pelicano pela imagem no "Ainda há pastores".


(dedos cruzados para ver se ganham pela reportagem no Dubai)


Entretanto, não revelerarei mais pormenores sobre esta grande entrevista. Só resta agora, aguardarem sentadinhos no sofá até rolar o primeiro "teaser".


Amanhã é dia de viagem...partimos com destino a Oman de modo a obter por mais um mês a nossa estadia por terras arábes.


Mais pormenores sobre esta viagem serão revelados mais à frente.


Como já dizia, aquele boneco da Manga Songoku:


"Não percam o próximo episódio porque nós também não"

domingo, 15 de março de 2009

"Adhan...o som da nova geração"

Nada fazia prever o temível domingo a 8 de Março, aquando às 7:40 toca o despertador para mais um dia de trabalho...Eis que no imo da minha guela, a chamada amigdalite dá sinais de si e em fase de tresloucura tomo um jabasulide, em jejum e rumo à faina.

Meus amigos e amigas foi o dia mais longo da minha vida, de esforço, de dor, e desespero... Os suores eram cada vez maiores e as horas não teimavam a passar para que finalmente chegasse o final de mais um dia laboral.

17h00 - Cambaleando e desnorteado, dirigo-me ao gabinete do meu delegado a dar conhecimento do meu estado de saúde, que por sinal era cada vez mais alarmante.
Saio do escritório, juntamente com os meus colegas de trabalho e salvadores do que se iria passar nos momentos que se seguiram.
Sentimentos:
corpo fraco e extremamente quente.
garganta inflamada
ansiedade iminente
Respiração ofegante

Resultado final: Emirates Hospital.

17h30: Depois de muitas voltas de carro, "Em busca do hospital perdido", eis que dou entrada na sala de triagem com os mesmos sintomas e a necessitar urgentemente de cuidados médicos. Depois do exame geral, mandam me preencher uma ficha de utente com perguntas infindáveis, e eu, mal conseguia segurar na caneta. No final, uma Doutora de Clínica Geral observa o meu comportamento e, assustada, manda-me entrar para a sala de urgências...Uiiiii maldita hora...

(a partir daqui não é aconselhável a leitores com idades inferiores a 18 anos, isto porque eu odeio hospitais, odeio agulhas e abomino batas brancas que carreguem qualquer instrumento pontiagudo)

Deitado na maca, colocam-me logo um cateter no braço esquerdo - "Ahh sua filha da p..." - agoniado e irritado pela primeira espetadela que iria servir para o soro...

De seguida, espetam mais uma agulha, - "FDSSSSS sua filha d p...Por favor mais agulhas, NÃOOO", isto para fazer análises ao sangue.

Passado uma boa meia hora, e como ainda continuava com a febre altíssima (39º), decidiram que teria que levar com uma injecção no dito cujo...a sacrificada foi a minha nádega direita....Bem...

"Inhale...Exhale" - dizia, a enfermeira com a seringa na sua mão direita...

Avizinhava-se momentos de grande dor.

"Now relax your leg muscles..." e subitamente...ZAUUUUUUU...Um rugido de leão ouvia-se no pequeno Emirates Hospital, ao qual nunca mais seria o mesmo desde aquele momento. A mesa que estava do meu lado esquerdo com gazes e uma bacia com àgua voou literalmente...as palavras ordinárias entoavam como ecos infindáveis, e nisto os risos sarcásticos daqueles que me rodeavam, acalmavam um bocado os utentes que sobressaltados esperavam a sua vez para serem chamados...Ainda desconfio que alguns foram embora, assustados com o que se passava na sala de urgèncias. Abandono o local passado 3 horas, completamente anestesiado e bastante melhor.

Obrigado Srs. Enfermeiras por todo o "carinho" prestado.

Enfim e chega assim o final de mais uma aventura em terra de monhés, onde o sol brilha todos os dias e onde o adhan (chamamento entoado de forma melodiosa para a oração diária nas mesquitas) se espalha pelos vários cantos do Dubai.

P.S. Não existe até ao momento registos fotográficos nem vídeos, de um tuga no Emirates Hospital.

segunda-feira, 2 de março de 2009

"Operação tempestade no deserto"

Mais uma vez fica provado aqui, que as surpresas têm sido umas atrás das outras...


Cerca de mil pessoas formam o símbolo lusitano aqui no Dubai, sendo que já fomos a alguns encontros destes mesmos, para matar saudades da nossa língua, das nossas raízes, discutir um pouco sobre o que vai de errado com o nosso querido país e os seus governantes, as mentalidades ingénuas de muitos que pararam no tempo, o processo casa-pia...notícias com efeito bola de neve...enfim...algo que é sempre delicioso de ouvir...o verdadeiro tuga criticando, positivamente e negativamente, a sua terra-mãe.

Numa noite quente como nunca antes vista em Portugal, nem no pico de Verão, encontramo-nos num dos mil Starbucks espalhados pelo Dubai, em concreto no Dubai Marina (palco de grandes atracções), para saborear um bom café e assistir a um "desfile" autêntico de carros luxuosos: Lamborghini's murcielago, Ferraris séries limitadas, Maseratti's, Rolls Royce, Aston Martin's, Audi's R8, em todas as cores possíveis e imaginárias (até prateados), para não falar dos "reles" Mercedes SLK, Hummer's, Porsche's, Mustang's GT, estes sim carros muito banais, por estes lados...eis que fomos convidados, por um dos portugueses que trabalha no Kartódromo do Dubai, para ir assistir no fim de semana ao SpeedCar Series 09, que teria lugar no Dubai Autodrome.

"Sim, claro que sim...vamos com todo o gosto...obrigado, João!" diziamos nós.

Infelizmente não pudemos ir na sexta feira, dia inaugural, devido ao casamento da irmã do Sunil. Mas, sábado por volta da 13h30, estavamos nós a sair de casa, com credenciais ao peito para experienciar algo de novo e surreal (palavra típica por estas bandas).

Bem só para vocês terem uma noção, neste dia estavam 40º graus, e o vento "queimava" a pele...


"Operação tempestade no deserto"

A uns 20 km da nossa casa, completamente isolado situava-se o Dubai Autodrome. Esta zona, albergará futuramente o Dubai Sports Centre, onde já se costuma ver algumas infra-estruturas em construção no meio do deserto.
Chegando lá, entramos como se costuma dizer na gíria portuense: "à patrão"
De credencial ao peito dirigiamo-nos por entre os corredores que davam acesso aos bastidores do autódromo, onde a real animação e o ronco dos motores aqueciam para a corrida final.
Depois de algumas voltas pelo recinto, as garagens das equipas, demos por nós na pista...repito outra vez...estavamos na grelha de partida, alguns minutos antes da partida. Alguns pormenores: cumprimentar pessoalmente os famosos Jean Alesi e Johnny Herbert, tirar fotos com as meninas da poll, sentir o cheiro de borracha queimada da corrida anteriror (motas)...enfim: SURREAL !!!
Não dá para descrever mais...vejam algumas fotos...